O café é um dos produtos mais consumidos no mundo e uma das principais commodities agrícolas. Em 2019, a produção mundial foi de 174,5 milhões de sacas (CONAB, 2020) e o Brasil se destaca no cenário mundial como o maior produtor e exportador. Os valores obtidos durante a comercialização do café são determinados pela sua qualidade, cuja remuneração é tanto maior quanto maior for a pontuação na análise sensorial dos grãos.
O armazenamento é considerado essencial para a manutenção da qualidade de produtos agrícolas, além de suprir demandas na entressafra e, consequentemente, propiciar melhores preços ao produtor. Tradicionalmente no Brasil, o café é armazenado em ambientes sem controle de temperatura e de umidade relativa do ar, em sacos de juta ou big bags, normalmente sem a preocupação com a manutenção da qualidade. Tem sido demonstrado por meio de pesquisas, que baixas temperaturas do ar na armazenagem, além de diminuir a incidência e o desenvolvimento de microrganismos, são eficazes na preservação das características qualitativas iniciais dos grãos (RIGUEIRA, 2009; ABREU, 2015; SOUSA, 2020). O armazenamento em ambiente refrigerado pode reduzir a deterioração dos grãos de café, permitindo a manutenção da qualidade e a oferta no período de entressafra, possibilitando maior retorno financeiro ao produtor.
Assim, o objetivo nesta pesquisa foi avaliar a viabilidade técnica e econômica do armazenamento sob condições refrigeradas, de cafés especiais produzidos em lavouras da Fazenda Alto Paranaíba States, produtora de cafés especiais da região do Alto Paranaíba, município de Patrocínio (MG).